sexta-feira, 27 de maio de 2011

O "Inimigo Comum"

Não é novidade que um inimigo em comum ajuda a dar coesão para os grupos.

Sempre que existe uma "ameaça" externa, as pequenas divergências internas são deixadas de lado, abrindo espaço para uma cooperação contra o "inimigo".

Os EUA utilizam esse recurso com maestria. Mas não devemos nos enganar, esse recurso é utilizado em todas as escalas.

As religiões, e até mesmo teístas isolados tem uma preferência mórbida por esse recurso.

Políticos também.

Os Ateus, os Gays, os Negros, os Homofóbicos, os pró-vida, os pró-escolha, etc...

E não sejamos tendenciosos. Todos utilizam esse recurso. Ou não seriam as manifestações contra o Papa na Inglaterra uma forma de focar toda a crítica dos ateus (que normalmente são um grupo muito crítico) contra alguém de FORA do ateísmo?

Devemos nós também utilizar essa tática (que é quase instintiva), ou ateus, e principalmente aqueles que se declaram céticos, deveriam justamente evitar a todo custo esse tipo de abordagem, mesmo que não intencional?

Ou seja, não devemos nós, que defendemos a racionalidade, manter uma vigilância constante para não sermos nós também, vítimas de nossos instintos gregários?

Um comentário:

  1. Sim, diminuir a intolerância religiosa seria positivo, o problema é substituir essa por um outro "tipo" de intolerância.

    Existe um preconceito contra ateus, sem dúvida. Mas não vejo nada produtivo saindo de combater isso gerando um preconceito contra os "crentes".

    Por isso vejo educação como a única forma de mudar algo de forma efetiva.

    ps: valeu pelo comentário.

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