Dois pesquisadores franceses, após uma pesquisa de 32 anos, demonstraram que desenvolvimento econômico sem desenvolvimento humano, é insustentável.
Utilizaram dois parâmetros para avaliar o desenvolvimento Humano. Educação e saúde.
Com esses indicadores, temos dois cenários. Países equilibrados, e países desequilibrados. Um país pode estar equilibrado com os dois indicadores altos, ou os dois indicadores baixos. Um país desequilibrado tem desenvolvimento econômico, e falha no desenvolvimento humano, ou o contrário.
Agora a parte interessante. Os resultados dessa avaliação.
1 - Países com um bom desenvolvimento econômico e humano, tendem a manter esse quadro. Dificilmente um país nessas condições vai sofrer quedas.
2 - Do outro lado, países com equilíbrio negativo, tendem a manter essa situação. A maioria absoluta dos países que estavam nessa situação na década de 60, mantém essa situação até hoje.
3 - Desenvolvimento econômico, sem desenvolvimento humano, é insustentável. É o caso do Brasil na década de 60. Aliás, o Brasil passa pelo mesmo problema agora. Diversas áreas já sofrem pela falta de mão-de-obra qualificada. Um país nessa situação, não consegue alimentar o próprio crescimento, e sucumbe.
4 - Países em desenvolvimento, que optam por investir no lado humano, tem uma chance muito maior de alcançar o chamado 1° Mundo, do que países que só investem no desenvolvimento econômico.
Os resultados são bem claros. Ou se investe em educação, ou mesmo um país com excelentes condições econômicas, vai sucumbir.
Agora vamos observar o Brasil. Estudos demonstraram que apenas 25% da população adulta brasileira é plenamente alfabetizada. Ou seja, apenas 1/4 dos brasileiros adultos conseguiria ler e entender um texto como esse. Nenhum país conseguiu virar uma potência mundial sem educação nos últimos 30 anos. É improvável que o Brasil seja o primeiro.
Ainda pior. Ao longo do tempo, o Brasil só teve perdas na educação. Quando comparamos o ensino superior no Brasil da década de 70 com outros países desenvolvidos da América Latina, como Chile e Argentina, nossa educação não era muito defasada. Atualmente, essa comparação é vergonhosa para o Brasil. E o quadro é ainda pior quando comparamos com países da Europa. Mesmo países com problemas, como a Itália, ficam muito na frente do Brasil.
A lição é clara e objetiva
Sem educação = Sem desenvolvimento
Não temos como fugir disso. Qualquer política que tenha como objetivo mudar o Brasil, tem na educação a chave para isso. E não estamos falando de universidades com nível internacional. Em um país, onde apenas 1/4 da população compreende esse texto na íntegra, o problema é muito mais elementar. É preciso ensinar as pessoas a pensar, a interpretar, a compreender o conhecimento, e só o ensino básico faz isso. Temos que investir em universidades, CLARO! Mas temos que realizar um esforço ainda maior na educação mais elementar. Sem bons professores, sem condições adequadas de ensino, sem uma rede de ensino público eficiente e de qualidade, o Brasil nunca vai mudar. Vamos continuar sendo apenas a terra do Carnaval, do futebol, do turismo sexual, e do analfabetismo.
Fato. O país pode ter o melhor ensino superior do mundo, mas sem a educação de base ninguém vai chegar lá, perpetuando a situação. Vários países orientais que não eram nada há 20 anos hoje já são potências, graças ao investimento na educação em todos os níveis.
ResponderExcluirEssa comic ilustra muito bem como estão as escolas hoje em dia. Estudei todo meu ensino fundamental numa escola estadual pública, a maior parte dos anos na década de 90. Minha mãe, professora desta escola, hoje em dia me conta como estão as coisas por lá, 8 anos depois que saí de lá. A situação é desesperadora. Faz eu perder cada vez mais a esperança na evolução da humanidade. As crianças estão cada vez mais endemoniadas, não querem saber se nada, e o pior são os pais alienados e ignorantes que agem exatamente como a tira do fim do texto. Comparo com a minha época, e vejo um mundo completamente diferente.Como pode a coisa ter regredido de tal maneira em menos de 10 anos? ...
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