sexta-feira, 27 de maio de 2011

O "Inimigo Comum"

Não é novidade que um inimigo em comum ajuda a dar coesão para os grupos.

Sempre que existe uma "ameaça" externa, as pequenas divergências internas são deixadas de lado, abrindo espaço para uma cooperação contra o "inimigo".

Os EUA utilizam esse recurso com maestria. Mas não devemos nos enganar, esse recurso é utilizado em todas as escalas.

As religiões, e até mesmo teístas isolados tem uma preferência mórbida por esse recurso.

Políticos também.

Os Ateus, os Gays, os Negros, os Homofóbicos, os pró-vida, os pró-escolha, etc...

E não sejamos tendenciosos. Todos utilizam esse recurso. Ou não seriam as manifestações contra o Papa na Inglaterra uma forma de focar toda a crítica dos ateus (que normalmente são um grupo muito crítico) contra alguém de FORA do ateísmo?

Devemos nós também utilizar essa tática (que é quase instintiva), ou ateus, e principalmente aqueles que se declaram céticos, deveriam justamente evitar a todo custo esse tipo de abordagem, mesmo que não intencional?

Ou seja, não devemos nós, que defendemos a racionalidade, manter uma vigilância constante para não sermos nós também, vítimas de nossos instintos gregários?

sábado, 14 de maio de 2011

Legado



Centenas de anos após o Big Bang, hidrogênio e hélio começaram a se acumular, enquanto se afastavam cada vez mais do centro da "explosão", a força inexorável da gravidade os agrupava em pequenos pontos, que atraiam cada vez mais hidrogênio, formando estrelas de diversas proporções.

No final da vida destas estrelas, algumas viraram buracos negros, algumas foram dissipadas pelo espaço. Mas algumas, em função de seu tamanho e peso, tiveram outro comportamento. Algumas estrelas, no momento de sua morte, sob a pressão extrema da gravidade e da energia liberada pelos processos de fusão nuclear, formaram, a partir de hidrogênio e hélio, elementos mais pesados, como carbono, ferro, magnésio, oxigênio...

Estes elementos, expulsos com violência para o espaço na morte da Estrela, formaram imensas nebulosas de gás e poeira. Com o tempo, e a força da gravidade aliada a rotação destes enormes aglomerados de matéria, iniciaram um processo com consequências inusitadas.

Após bilhões de anos, estes aglomerados deram origem a pequenas condensações, orbitando um centro onde o Hidrogênio e Hélio sobreviventes formaram uma nova estrela, um Sol. Orbitando esta nova estrela, planetas e luas começaram a se formar.

Alguns não sobreviveram ao tempo, formando cinturões de asteóides, outros formaram massas gigantescas de gás e poeira, enquanto alguns eram rochas sólidas, todos em suas órbitas ao redor do Sol.

Em um destes planetas, os elementos formados na explosão da estrela original, começaram um estranho processo. Aliados a água e outras substâncias que acumularam através do tempo, ou caindo de cometas ou sendo formadas na atmosfera primitiva, uma nova forma de organização da matéria estava acontecendo. E suas consequências seriam inimagináveis.

Estas estranhas entidades químicas, formadas ao longo de centenas de milhões de anos, iniciaram uma marcha de diversificação e aumento de complexidade, que aproximadamente 3 bilhões e meio de anos depois, permitiriam que um bando de primatas sem pêlos, cujos cérebros cresceram a proporções únicas em relação ao tamanho de seus corpos, pudesse se indagar sobre o que existia além de seu planeta e sobre o porque de sua existência.

Ao longo de centenas de anos, estes estranhos macacos descobriram um legado que os ligava ao princípio do tempo e do universo. Descobriram que são descendentes de estrelas desconhecidas, que em seu sacrifício final, criaram os elementos necessários para que a vida pudesse emergir, bilhões de anos depois.

Ou essa é uma das histórias que se conta...

segunda-feira, 21 de março de 2011

Tempo...


A algum anos li o famoso livro “O Lobo da Estepe”, de Hermann Hesse.

Hoje, ouvindo novamente a música The Sounds of Silence, compreendi um trecho da letra, que nunca tinha feito tanto sentido. E isso me lembrou do prefácio de “O Lobo da Estepe”, escrito pelo próprio Hesse.

Entre outras coisas, ele dizia que seu livro foi escrito para pessoas maduras, e que ele não compreendia o grande apreço que os jovens tinham por um livro que não poderiam compreender.

GÊNIO!

Eu continuo gostando do livro, e acho que ele traz questionamentos fantásticos. Mas é impossível não me perguntar, não depois de hoje, quando com 27 anos tive uma nova interpretação de uma música que sou familiarizado desde os 15. Quanto do livro e da genialidade de Hermann Hesse eu não compreendo?

Ou, um pensamento um pouco mais sórdido. O quanto do que eu acho que compreendo (e eu tenho a tendência a achar que entendo muito bem algumas coisas) eu realmente compreendo? O quão aquém de um conhecimento adequado eu estou, em quantos assuntos?

Sim, eu tenho uma boa compreensão (em diversos casos bem superior a grande maioria das pessoas). Mas, o quanto isso realmente significa? O quão melhor do que eu outras pessoas compreendem? Pior do que isso, quanto ainda existe para ser conhecido, além do que qualquer humano compreende?

Se somos a imagem e semelhança de Deus, ele é um analfabeto, uma criança de cinco anos perdida em um bote no meio do oceano, ou em qualquer parte do oceano, não importa. Ele nunca vai realmente saber.

Compreendemos muito e temos um caminho promissor pela frente (eu não seria um cientista se pensasse diferente). Mas o quanto do que existe para ser conhecido é simplesmente INCOGNOSCÍVEL para nós? Não desconhecido, não por descobrir, mas simplesmente DEMAIS PARA NOSSA COMPREENSÃO?

Boa noite, e bons sonhos... se você puder. Eu fico com Palavras que martelam dia e noite, palavras que nunca serão escritas, palavras que apenas ficam perturbando o silêncio.

sábado, 5 de março de 2011

Outras Pessoas

"O tempo é fluído aqui", disse o Demônio.

Ele soube que era um demônio no momento em que o viu. Ele apenas soube, da mesma forma que ele soube que aquele lugar era o Inferno.

Não existe nada mais que qualquer um pudesse ser.

O cômodo era comprido, e o demônio esperava perto de um braseiro aceso na extremidade oposta. Uma infinidade de objetos estava pendurada na parede, de uma pedra cinza. O tipo de coisa que não era sábio ou reconfortante inspecionar de perto. O teto era baixo, o chão estranhamente insubstancial.

"Venha mais perto", disse o demônio, e ele foi.

O demônio era angulosamente magro, e nú. Ele possuia cicatrizes profundas, e aparentemente havia sido esfolado em algum ponto distante no passado. Ele não possuia orelhas, nenhum sexo. Seus lábios eram finos e ascéticos, e seus olhos eram olhos de demônio: eles haviam visto muito, e ido muito longe, e sob aquele olhar, ele se sentiu menos importante que uma mosca.

"O que acontece agora" ele perguntou.

"Agora" disse o demônio, em uma voz que não carregava um único resquício de tristeza, ou satisfação, apenas uma clara e assustadora resignação, "você vai ser torturado".

"Por quanto tempo?"

Mas o demônio sacudiu a cabeça e não respondeu. Ele caminhou vagarosamente ao longo da parede, mirando o primeiro dos aparelhos que estavam pendurados lá, depois outro. No final da parede, perto de uma porta fechada, havia um açoite, feito de um ferro desgastado. O demônio pegou-o com uma mão que possuia apenas 3 dedos e voltou caminhando, carregando-o de forma reverente. Ele colocou as tiras de ferro no braseiro, e ficou olhando enquanto elas esquentavam.

"Isto é desumano"

"Sim"

As pontas do açoite brilhavam em um laranja escuro.

Enquanto o demônio levantava o braço para dar o primeiro golpe, ele disse "vai chegar um tempo, em que você irá lembrar desse momento com ternura."

"Você é um mentiroso."

"Não" disse o demônio. "A próxima parte", Ele explicou no momento anterior ao baixar o braço com o açoite "é pior."

Então as tiras do açoite pousaram sobre as costas do homem com um estalo e um silvo, rasgando através de roupas caras, queimando, dilacerando e triturando enquanto golpeavam, e não pela última vez naquele lugar, ele gritou.

Haviam duzentos e onze instrumentos nas paredes daquele cômodo, e com o tempo, ele pode experimentar cada um deles.

Quando, finalmente, o último instrumento, que ele teve tempo para conhecer intimamente, foi limpo e recolocado na parede, no seu devido lugar, então, através de lábios arruinados, ele gaguejou, "E agora, o que?"

"Agora", disse o demônio, "a verdadeira dor começa."

E começou.

Tudo que ele havia feito, ou deixado de fazer. Cada mentira que ele contou - para si mesmo, ou para os outros. Cada pequena dor, e todas as grandes dores. Cada uma delas foi jogada em cima dele, detalhe por detalhe, centimetro por centimetro. O demônio arrancou fora a proteção do esquecimento, despiu tudo até a verdade, e isso machuca mais do que qualquer coisa.

"Me diga o que você pensou quando ela caminhou através da porta", disse o demônio.

"Eu pensei que meu coração havia sido despedaçado."

"Não," disse o demônio, sem raiva, "você não pensou." E encarou ele com olhos inexpressivos, e forçou ele a olhar para baixo.

"Eu pensei, agora ela nunca vai saber que eu andava dormindo com a irmã dela."

O demônio desmontou sua vida, momento por momento, instante por instante por horríveis instantes. Isto durou centenas de anos, talvez, ou milhares de anos - eles tinham todo o tempo que sempre existiu, naquele cômodo cinza - e antes de chegar ao fim ele percebeu que o demônio havia dito a verdade. A tortura física era muito mais gentil.

E então terminou.

E assim que terminou, começou novamente. Havia um auto-conhecimento que não estava lá na primeira vez, e de alguma forma, só tornava tudo ainda pior.

Agora, enquanto ele falava, odiava a si mesmo. Não existiam mentiras, nenhuma evasão, nenhum espaço para nada além da dor e da raiva.

Ele falou. Ele não chorou mais. E quando ele terminou, milhares de anos depois, ele rezou para que o demônio fosse até a parede e trouxesse a faca de esfolar, ou a pêra de estrangulamento, ou os parafusos de perfuração.

"De novo," disse o demônio.

Ele começou a gritar. E ele gritou por um longo tempo.

"De novo," disse o demônio, quando ele terminou, como se nada houvesse sido dito.

Era como descascar uma cebola. Dessa vez, através de sua vida, ele aprendeu sobre consequências. Ele aprendeu o resultado de coisas que havia feito; coisas para as quais ele estava cego quando as fez; os caminhos pelos quais ele feriu o mundo; os danos que ele fez para pessoas que ele nunca conheceu, ou soube que existiam. Foi a pior lição até o momento.

"De novo," disse o demônio, milhares de anos depois.

Ele se agachou no chão, ao lado do braseiro, balançando levemente, com seus olhos fechados, e ele contou a história da vida dele, re-vivenciando conforme ele contava, do momento do nascimento até a morte, sem mudar nada, sem deixar nada para trás, enfrentando tudo.

Ele abriu seu coração.

Quando ele terminou, ele sentou-se ali, com seus olhos fechados, esperando aquela voz dizer "De novo," mas nada foi dito.

Lentamente, ele se levantou. Ele estava sozinho.

Na extremidade oposta do cômodo, havia uma porta, e quando ele olhou, a porta abriu.

Um homem deu um passo através da porta. Havia terror no rosto do homem, e também arrogância, e orgulho. O homem, que usava roupas caras, deu vários passos exitantes para dentro do cômodo e então parou.

Quando ele viu aquele homem, ele entendeu.

"O tempo é fluído aqui," ele disse ao novo hóspede.


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

High Hopes

Beyond the horizon of the place we lived when we were young

In a world of magnets and miracles
Our thoughts strayed constantly and without boundary
The ringing of the division bell had begun

Along the Long Road and on down the Causeway
Do they still meet there by the Cut?

There was a ragged band that followed in our footsteps
Running before times took our dreams away
Leaving the myriad small creatures trying to tie us to the ground
To a life consumed by slow decay

The grass was greener
The light was brighter
When friends surrounded
The nights of wonder

Looking beyond the embers of bridges glowing behind us
To a glimpse of how green it was on the other side
Steps taken forwards but sleepwalking back again
Dragged by the force of some inner tide
At a higher altitude with flag unfurled
We reached the dizzy heights of that dreamed of world

Encumbered forever by desire and ambition
There's a hunger still unsatisfied
Our weary eyes still stray to the horizon
Though down this road we've been so many times

The grass was greener
The light was brighter
The taste was sweeter
The nights of wonder
With friends surrounded
The dawn mist glowing
The water flowing
The endless river

Forever and ever

http://www.youtube.com/watch?v=Bqvcmud3LFQ


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

OTHER PEOPLE*

'Time is fluid here', said the Demon.

He Known it was a demon the moment he saw it. He known it, just as he knew the place was Hell.

There was nothing else that either of them could have been.

The room was long, and the demon waited by a smoking brazier at the far end. A multitude of objects hung on the rock-grey walls, of the kind that it would not have been wise or reassuring to inspect too closely. The ceiling was low, the floor oddly insubstantial.

'Come close', said the demon, and he did.

The demon was rake-thin, and naked. It was deeply scarred, and it appeared to have been flayed at some time in the distant past. It had no ears, no sex. Its lips were thin and ascetic, and its eyes were a demons's eyes: they had seen too much and gone too far, and under their gaze he felt less important than a fly.

'What happens now' he asked.

'Now' said the demon, in a voice that carried with it no sorrow, no relish, only a dreadful flat resignation, 'you will be tortured'.

'For how long?'

But the demon shook its head and make no reply. It walked slowly along the wall, eyeing first one of the devices that hung there, then another. At the far end of the wall, by the closed door, was a cat-o'nine-tails made of frayed wire. The demon took it down with one three-fingered hand and walked back, carrying it reverently. It placed the wire tines on the brazier, and stared at them as they began to heat up.

'That's inhuman'

'Yes'

The tips of the cat's tails were glowing a dead orange.

As the demons raised its arm to deliver the first blow, it said 'In time you remember even this moment with fondness.'

´You are a liar.'

'No.' said the demon. 'The next part,' It explained in the moment before it brought down the cat, 'it worse.'

Then the tines of the cat landed on the man's back with a crack and a hiss, tearing through the expensive clothes, buring and rending and shredding as they struck and, not for the last time in that place, he screamed.

There were two hundred and eleven implements on the walls of that room, and in time he was to experience each of them.

When, finally, the Lazarene's Daughter, wich he had grow to known intimately, had been cleaned and replaced on the wall in the two hundred and eleventh position, then, through wrecked lips, he gasped, 'Now what?'

'Now', said the demon, 'the true pain begins.'

It did.

Everything he had ever done that had been better left undone. Every lie he had told – told to himself, or told to others. Every little hurt, and all the great hurts. Each one was pulled out to him, detail by detail, inch by inch. The demon stripped away the cover of forgetfulness, stripped everything down to truth, and it hurt more than anything.

'Tell me what you thought as she walked out of the door,' said the demon.

'I thought my heart was broken.'

'No,' said the demon, without hate, 'you didn't.' It stared at him with expressionless eyes, and he was forced to look away.

'I thought, now she'll never known I've been sleeping with her sister.'

The demon took apart his life, moment by moment, instant by instant to awful instant. It lasted a hundred years, perhaps, or a thousand – they had all the time there ever was, in that grey room – and towards the end he realised that the demon had been right. The physical torture had been kinder.

And it ended.

And once it had ended, it began again. There was a self-knowledge there he had not had the first time, which somehow made everything worse.

Now, as he spoke, he hated himself. There were no lies, no evasions, no room for anything except the pain and the anger.

He spoke. He no longer wept. And when he finished, a thousand years later, he prayed that now the demon would go to the wall, and bring down the skinning knife, or the choke-pear, or the screws.

'Again,' said the demon.

He began to scream. He screamed for a long time.

'Again,' said the demon, when he was done, as if nothing had been said.

It was like peeling an onion. This time, through his life he learned about consequences. He learned the results of things he had done; things he had been blind to as he did them; the ways he had hurt the world; the damage he had done to people he had never known, or met, or encoutered. It was the hardest lesson yet.

'Again,' said the demon, a thousand years later.

He crouched on the floor, beside the brazier, rocking gently, his eyes closed, and he told the history of his life, re-experiencing it as he told it, from birth to death, changing nothing, leaving nothing out, facing everything.

He opened his heart.

When he was done, he sat there, eyes closed, waiting for the voice to say, 'Again,' but nothing was said. He opened his eyes.

Slowly, he stood up. He was alone.

At the far end of the room, there was a door, and as he watched, it opened.

A man stepped through the door. There was terror in the man's face and arrogance, and pride. The man, who wore expensive clothes, took several hesitant steps into the room, and then stopped.

When he saw the man, he understood.

'Time is fluid here,' he told the new arrival.


*Este é um conto de Neil Gaiman, publicado na coletânea Fragile Things. Já achei esse texto em traduções para o Português, e lido pelo próprio Gaiman, mas tive dificuldade em encontrar a versão no livro. Como é meu conto favorito do Neil Gaiman, e a tradução perde muito da narrativa, decidi eu mesmo colocar na versão original.

Mas, comprem o livro, vale cada linha, como tudo o mais de Neil Gaiman.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Pagando uma dívida.

A algum tempo, a JuDacoregio mandou um meme pelo seu blog pessoal, o Escrava das Letras. Bom, isso já faz algum tempo, mas eu não esqueci, e agora vou responder.

A ideia é escrever 9 coisas aleatórias a meu respeito, que vierem na minha cabeça. Agora que tenho que fazer isso mesmo, começo a lembrar porque enrolei tanto...

1 - Eu gosto de debater, de discutir ideias. Eu me orgulho da minha inteligência, e gosto de ser reconhecido por ela. Sim isso é narcisista, eu sei. Mas quem não tem nenhuma vaidade que atire a primeira pedra.

2 - Adoro música. Sou completamente apaixonado por música. Escuto de Beatles a Enya. De Pink Floyd e Queen a Beethoven, de Black Sabbath e Motorhead a Norah Jones. De Emma Shapplin a Europe.

3 - Sou viciado em livros. Sempre leio mais de um ao mesmo tempo. Procuro escolher sempre no mínimo um livro relacionado a ciência, e um livro de ficção. Se não tenho nada novo, releio algum do Carl Sagan, ou do Neil Gaiman. E alguns livros eu leio periodicamente.

4 - Tenho problemas para conviver com pessoas com as quais não tenho afinidade, ou não respeito intelectualmente. Prefiro não falar com ninguém por dias, do que falar com pessoas que não vão acrescentar nada.

5 - Um dos meus objetivos, e um dos motivos pelos quais escolhi a carreira acadêmica, é que pretendo trabalhar no exterior em algum momento. E não lavando pratos. Se for pra ir pra outro país, quero entrar pela porta da frente.

6 - Gosto de conhecer lugares. E não é visitar como turista. Gosto de ficar um tempo, de viver o cotidiano do lugar, de sentir como são os ambientes e as pessoas. Esse tipo de experiência sempre enriquece nossa visão do mundo.

7 - Não consigo trabalhar ou estudar em completo silêncio. Sou muito dispersivo. Ouvir música é uma forma de dispersar de forma controlada, e manter a produtividade.

8 - Defendo o uso da razão, e acho nossa característica primordial. Nossa razão é nossa única diferença ao resto das espécies. Mas sou passional. Não sei fazer coisas que não me conquistam, pelas quais não sou apaixonado.

9 - Sempre que ando de avião, levo no mp4 a música Moonlight Sonata, de Beethoven, pois se o avião cair, irei aproveitar o tempo para ouvir essa música.